Materiais básicos e medicamentos estão em falta no maior hospital público do Rio Grande do Norte. Para amenizar o problema, pacientes do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, precisam tirar do próprio bolso produtos essenciais, como gazes, pomadas, ataduras, sabão e luvas.
Em nota, a assessoria de comunicação do hospital disse que a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizou R$ 2,6 milhões para o processo de compras emergenciais de medicamentos, insumos e soluções na última terça-feira (12). Na quarta-feira (13), "outros R$ 2 milhões foram repassados para a renovação dos contratos e manutenção do hospital", acrescentou.
Na porta do hospital, no entanto, é comum encontrar acompanhantes de pacientes com materiais que eles precisaram comprar. Alonso Pereira gastou quase R$ 100 com materiais para a tia, que está internada com o fêmur quebrado. "Gazes, pomadas, esparadrapo, luvas. Eu ganho um salário mínimo. Se não fossem meus filhos, já teria morrido de fome", disse.
Ainda na entrada do hospital, há um cartaz colado na parede que indica o desabastecimento atual. O pai de João Vitor da Silva está se tratando de problemas no coração. Ele também compra o que pode, mas alguns produtos são vendidos exclusivamente para empresas e hospitais. "Meu pai está na ventilação mecânica e está faltando o filtro. A fisioterapeuta me falou que esse filtro precisa ser trocado algumas vezes por dia. Então, meu pai está sem trocar porque está faltando esse filtro do ventilador", disse João.
Os corredores estão cheios de pacientes. E quem não tem condições de comprar curativos, sofre nas macas. É o caso de Ronaldo, que quebrou a perna após ser atropelado. "Estou há seis dias sem trocar o curativo pois está sem material", lamentou.
O Walfredo Gurgel é o maior hospital do estado. Possui 284 leitos e atende, em média, 400 pessoas por dia.
DO BLOG: Se o maior hospital do RN está desse jeito, imaginem o menor!!! As promessas de campanha ainda não saíram do papel. Quase 150 dias do novo governo (que ensejou em todos a esperança de dias melhores) e o caos na saúde pública permanece do jeitinho de antes.
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