O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou ontem (4)
uma campanha de prevenção e alerta aos cidadãos em relação às visitas
de pesquisadores a domicílios. A iniciativa veio após começar a
circular, primeiro no Acre e depois no Rio Grande do Norte, a foto de um
homem que estaria se apresentando como funcionário do órgão, mas ao
entrar nas casas praticaria furtos. Segundo a unidade do IBGE no Estado,
nem a imagem nem o nome que estão sendo divulgados são do quadro de
funcionários.
A chefe da unidade do órgão no RN em exercício, Maria Alzenira da Silva,
afirma que no fim de janeiro a foto de um homem com o nome de Bruno
Rossi Caravana começou a circular em mídias sociais no Acre, junto ao
relato do suposto crime. Devido ao alcance de circulação do aviso e ao
constatar que a imagem, nem mesmo o nome eram de funcionário do IBGE,
decidiu-se procurar a Polícia Federal e alertar sobre o que estava
acontecendo.
Já na sexta-feira passada, 31, o mesmo aviso começou a circular pelas
mídias sociais no RN, alertando para o mesmo modo de agir. Ao tomar
conhecimento, a sede potiguar do instituto optou pela mesma medida de
averiguar se tratava-se de algum funcionário. Comprovado que não, a
Polícia Federal foi acionada ontem (3) e alertada sobre o ocorrido.
Maria Alzira da Silva afirma que foi repassado aos policiais federais
tanto a imagem que está sendo divulgada, quanto o nome. Foi dito ainda
que a PF ficará responsável pelas investigações, já que envolve um órgão
federal.
A chefe da unidade em exercício reforça que, mesmo que
nenhum caso similar tenha sido registrado pelas polícias potiguar e
acreana, o IBGE está fazendo campanha de divulgação de contatos para
cidadãos poderem denunciar algum problema com pesquisadores. Para isso,
recomenda-se que tenha o nome do funcionário. Ela afirma que a
importância da divulgação dos canais de comunicação entre população e
órgão é devido à frequência e horário das visitas dos pesquisadores e
por alguns levantamentos, como a Pesquisa Nacional por Amostragem de
Domicílios (PNAD), que em três meses pode visitar até cinco vezes o
mesmo domicílio.
“Pesquisador do IBGE não
tem hora para trabalhar. Por causa dos domicílios que nem sempre têm
gente em casa, as pesquisas podem ser feitas à noite e em sábados e
domingos”, explica Alzenira. Ela acrescenta ainda que nas pesquisas
domiciliares os funcionários sempre portam: colete com marca do órgão e
telefone 0800 721 8181 escrito no bolso frontal do lado direito; crachá
com nome, CPF, número da identidade e matrícula do funcionário; além do
equipamento PDA, onde são anotadas as informações relacionadas à
pesquisa. “Nas pesquisas domiciliares o IBGE nunca utiliza papel”,
frisa.
Provavelmente devido às mensagens que estão sendo
repassadas, na manhã de ontem (3) um pesquisador que fazia atualização
de ruas e mapas foi detido por policiais militares na avenida Nascimento
de Castro, próximo ao Bosque das Mangueiras, após denúncia de moradores
à PM. Ao ser abordado, ele identificou-se como funcionário e pediu para
ser levado à sede do IBGE. No local foi comprovado que o então suspeito
era pesquisador do órgão e que houve um mal entendido.
Para
denúncias o IBGE/RN disponibiliza os telefones 3203-6187 e 3203-6190,
além do nacional 0800 721 8181. Campanha será feita pelo órgão também
via mídias sociais (Twitter e Facebook), além do site.
Pesquisadores,
segundo informações da chefia do IBGE/RN, sempre portam: colete com
marca do órgão e telefone geral de reclamações; crachá com nome, CPF,
número da identidade e matrícula; equipamento PDA, onde são anotadas as
informações relacionadas à pesquisa.
Via Tribuna do Norte
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