A advogada Damares Alves assumirá o Ministério da Mulher, Família e
Direitos Humanos. O nome foi anunciado dia (6) pelo ministro
extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para a Casa
Civil.
Assessora do senador Magno Malta (PR-ES), Damares comandará a
pasta que será criada no governo de Jair Bolsonaro, a partir de janeiro.
O novo ministério também vai agregar ainda Fundação Nacional do Índio
(Funai), responsável pela demarcação de terras indígenas e políticas
voltadas para esses povos.
Com este anúncio, a equipe ministerial já conta com 21 ministros.
Segundo Onyx Lorenzoni, o presidente eleito continua refletindo sobre a
escolha para o Ministério do Meio Ambiente, a última pasta a ter o
titular definido.
Apoiada por setores evangélicos, Damares Alves, que também é pastora,
afirmou que terá como prioridade as políticas públicas para mulheres.
Segunda ela, o objetivo é avançar nas metas que ainda não foram
alcançadas e propôs um pacto nacional pela infância.
"A pasta é muito grande, muito ampla e agora a gente está trazendo
para a pasta a Funai. Nós vamos trazer para o protagonismo políticas
públicas que ainda não chegaram até às mulheres, e às mulheres que ainda
não foram alcançadas pelas políticas públicas.”
De acordo com Damares Alves, a prioridade será para a “mulher
ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadora de siri, a quebradora
de coco”. “Essas mulheres que estão anônimas e invisíveis, elas virão
para o protagonismo nessa pasta. Na questão da infância, vamos dar uma
atenção especial, porque está vindo para a pasta também a Secretaria da
Infância, e o objetivo é propor para a Nação um grande impacto pela
infância, um pacto de verdade pela infância", disse.
FUNAI
A futura ministra negou que dificuldades e controvérsias envolvendo a
Funai serão problemas. "Funai não é problema neste governo, índio não é
problema. O presidente só estava esperando o melhor lugar para colocar a
Funai. E nós entendemos que é o Ministério dos Direitos Humanos, porque
índio é gente, e índio precisa ser visto de uma forma como um todo.
Índio não é só terra, índio também é gente", afirmou.
Indígenas de diversas etnias, vinculados à Articulação de
Povos Indígenas do Brasil (Apib), estiveram no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB) e protestaram contra a desvinculação da Funai do
Ministério da Justiça.
Os indígenas entregaram uma carta a integrantes do governo de
transição. Dois representantes do grupo se reuniram com integrantes do
futuro governo.
Segundo os indígenas, a manutenção da autarquia na pasta
da Justiça daria mais segurança na defesa de seus direitos.
Fonte: Agência Brasil/DeFato
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