Recém-chegado à cidade de Zebbug, na ilha de Gozo, uma das 21 que
constituem o arquipélago de Malta, o padre John Sultana resolveu sair em
um desfile em carro aberto, pelas ruas locais, com o propósito de se
aproximar da população.
Nada de anormal, não fosse a maneira como tudo aconteceu. O religioso
escolheu um Porsche Boxster conversível para fazer o percurso. Mais:
colocou 50 crianças para puxar o veículo, que lentamente seguia pelas
vias da cidade, enquanto o padre acenava para os moradores.
O episódio causou controvérsia e foi bastante criticado. Para muitos,
a proposta é contrária ao que prega o líder máximo da Igreja Católica, o
papa Francisco, que pauta o seu trabalho baseado na simplicidade. Tanto
que, ao ser presenteado com uma Lamborghini, vendeu o veículo e
destinou os recursos para instituições de caridade.
Desaprovação
Embora alguns tenham tentado entender a ideia do padre, imaginando
que cerca de 2 km, percorridos a uma velocidade de cortejo, exigiriam
muito da embreagem do carro, a maioria desaprovou a cena.
O Porsche, aliás, conforme sites de notícia internacionais, foi
emprestado por um primo de Sultana, apontado como sendo dono de uma
concessionária na ilha. Esta última informação, no entanto, não foi
confirmada.
Para René Camilleri, professor de teologia na Universidade de Malta, o
episódio pode ser considerado “uma porcaria”. Em entrevista à rádio One
Breakfast, ele disse que “a igreja revela um grau de leviandade que
torna difícil atrair novos crentes, realizando ações estúpidas como
esta”.
Já Sandra Grech, prefeita de Zebbug, tentou explicar a ação e disse que o pároco “não pretendeu ser ofensivo”.
O padre, ao ser questionado pelos jornalistas, preferiu não comentar.
“Para mim, não é um assunto”, respondeu, acrescentando ainda que
“algumas das críticas” que lhe foram dirigidas “não são corretas”.
Fonte: Notícias ao Minuto/AgoraRN
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