Por Diógenes Dantas
A governadora Rosalba Ciarlini já avisou: não há dinheiro em caixa para bancar todos os compromissos até o final do ano.
Como ocorreu no mês passado, o governo não tem todo dinheiro para
pagar a folha completa dos servidores estaduais e já cumpre o
provisionamento dos 60% restantes do décimo terceiro salário do
funcionalismo.
Ainda não se sabe como a governadora vai pagar os vencimentos deste
mês. A expectativa é que se repita a programação do mês passado, ou
seja, paga-se o vencimento de quem recebe até R$ 3 mil até o dia 31 –
incluindo todos os salários da educação, saúde e segurança – e acima
deste valor até o dia 10 de novembro.
Aliás, diante da queda de receita, cujo rombo é estimado em R$ 165
milhões até o final do ano, Rosalba Ciarlini já decidiu que fará uma
reprogramção do calendário de pagamento da folha de servidores. Isto é
fato. Esse tipo de reprogramação, na verdade um efemismo para atraso de
salário, não acontecia desde os tempos do então governador Geraldo Melo,
que chegou a acumular quatro meses de salários atrasados. Um horror!
Com o rombo nas contas, Rosalba Ciarlini vai pedir à Assembleia
Legislativa autorização para ampliar a margem de remanejamento do
orçamento estadual, fixada hoje em 5%. O governo tem permissão para
remanejar livremente os valores para garantir os salários dos
servidores. O problema é que esta margem já foi usada.
O governo vai pedir que ela seja ampliada de 5% para 8%.
É desta forma que Rosalba pretende fechar as contas deste difícil ano
pré-eleitoral. O atraso na folha do funcionalismo enterra qualquer
carreira política. E ela ainda sonha com a reeleição.
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