Jornal de Hoje
Joaquim Pinheiro
Foto: José Aldenir
O ex-deputado Ney Lopes, afirmou na manhã deste sábado que dará
entrada no seu pedido de desfiliação do DEM no próximo dia 6 de outubro
porque não reúne mais condições de permanecer na legenda após ter sido
praticamente expulso pelo presidente nacional do partido, senador José
Agripino no episódio que envolveu a governadora Rosalba Ciarlini quando
teve o seu direito de disputar a reeleição negado. “A decisão do senador
José Agripino foi autoritária e antidemocrática”, disse o ex-deputado,
que foi um dos parlamentares brasileiros de maior prestígio
internacional, principalmente por ter presidido o Parlatino – Parlamento
Latino Americano, onde realizou um trabalho de integração entre Países
do Caribe e América Central, principalmente.
Ney Lopes disse que sai do DEM, que considera uma legenda em
extinção, mas não deixa a vida pública, inclusive pretendendo ser
candidato nas eleições estaduais de 2018. “Sou da mesma geração de
Garibaldi Filho, José Agripino, Henrique Eduardo e todos estão em
intensa atividade política. Por que não poderei ser candidato para
continuar contribuindo com o Rio Grande do Norte?, questiona.
Ele
informa que depois de consolidada a decisão de sair do DEM vai esperar
pelas mudanças, que no seu entendimento certamente ocorrerão no sistema
político brasileiro. “Vou esperar para definir meu próximo partido”,
ressalta, prevendo que o atual sistema político-eleitoral deve extinguir
alguns partidos.
Questionado se sairá do DEM com mágoas, Ney Lopes disse que não,
mesmo considerando-se injustiçado pela cúpula nacional da legenda que
tem como principal dirigente o senador José Agripino. “Não tenho
ressentimento nem sou inimigo pessoal do presidente do partido, mas
entendo que venho sendo preterido há muito tempo, e agora fui mais uma
vez desconsiderado. Sou membro permanente e vitalício da Executiva
Nacional por ter sido presidente do Instituto Tancredo Neves e nunca fui
chamado para participar das reuniões do partido”, disse ele.
INJUSTIÇA À ROSALBA
Por fim,o ex-deputado Ney Lopes diz que o DEM é um partido em fase de
extinção, prevendo que após as eleições deste ano deverá fazer uma
fusão com outras legenda, provavelmente com o PMDB. “O DEM acabou-se”,
resumiu Ney Lopes, lembrando que o partido cometeu também uma grande
injustiça com a governadora Rosalba Ciarlini quando lhe negou a legenda
para se aliar com o PMDB e apoiar a candidatura do deputado Henrique
Eduardo Alves para governador do Rio Grande do Norte. “Rosalba tinha o
direito e legitimidade para ser candidata à reeleição, mas foi preterida
numa atitude autoritária e antidemocrática”, reiterou o ex-deputado.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
NEY LOPES: "O DEM-RN é um partido moribundo, sem fisionomia própria, submisso. Implora ao PMDB e ao PSB oxigênio para respirar nesta eleição de 2014"
Na convenção do DEM fatos lamentáveis e melancólicos que devem ficar na história do RN
Para que a opinião pública não esqueça, o blog comenta a seguir fatos melancólicos e lamentáveis ocorridos ontem, 15, na Convenção do DEM-RN.Realmente, um espetáculo triste.
Como previsto venceu a cúpula do partido, que com “mão de ferro” expulsou militantes históricos, dentre eles, a governadora Rosalba Ciarlini, que não terá legenda para disputar a sua própria reeleição.
O partido perdeu estatura, expressão, credibilidade e respeito dos cidadãos.
Passou a ser um mero apêndice de outras siglas, em busca de “restos” ou “sobras” de outros quocientes eleitorais, que possam garantir a reeleição de um deputado federal, filho do Presidente Senador José Agripino e outros parlamentares estaduais.
Um quadro típico de velório político.
O resultado da votação mostra a profunda divisão do DEM-RM.
Na apuração dos votos, os seus dirigentes não tiveram o apoio que esperavam, mesmo agindo de “cima para baixo”, atropelando regras, normas democráticas e distorcendo a lei eleitoral, para justificar o que desejavam fazer.
A “cassação branca” da governadora Rosalba Ciarlini foi aprovada por 121 votos dos 243 convencionais aptos a votar.
A soma dos votos favoráveis à Rosalba Ciarlini (63), abstenções (48); brancos (2) e nulos (9) totalizou 122 votos.
48 convencionais não compareceram à Convenção, por vergonha, tristeza, ou – o mais provável – pela pressão que receberam do comando do Partido, que não conseguindo o apoio pedia a ausência.
Nota-se que a soma das abstenções, brancos e nulos (122) daria vitória à governadora Rosalba Ciarlini, por um voto de diferença.
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