Com todos os leitos separados para pacientes do
novo coronavírus lotados, o Hospital Giselda Trigueiro fechou o pronto-socorro
na manhã desta segunda-feira (18). De acordo com a unidade, os serviços do
pronto-socorro foram transferidos para o Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL), que passou a receber os pacientes que não são de coronavírus.
Oito pacientes foram
transferidos na manhã desta segunda (18) em ambulância do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) - o transporte é lento porque cada ambulância
leva apenas um paciente por vez, de acordo com a disponibilidade do veículo.
Parte da equipe do Giselda Trigueiro também foi transferida para o HUOL, para
atender aos pacientes.
Na manhã desta segunda
(18), 25 leitos de UTI e os 11 leitos clínicos estavam ocupados. O diretor do
hospital, André Prudente, afirmou que o fechamento do pronto-socorro atendeu a
uma demanda da Secretaria de Saúde, do Ministério Público e da regulação do
Sistema Único de Saúde.
O motivo é que os pacientes que davam entrada
no pronto-socorro com sintomas do coronavírus acabavam sendo colocados em UTI,
em caso necessário, passando na frente de outros pacientes que já aguardavam na
lista de espera por leitos críticos. A fila, chamada pelos técnicos de
"regulação", é feita com base em classificação de gravidade de cada
paciente, que vai de 1 (muito grave) a 4 (menos grave).
Agora atuando com
"porta fechada", a unidade vai atender apenas pacientes regulados,
vindo de outras unidades de saúde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde,
pessoas que têm sintomas graves da doença devem procurar pronto-socorros, como
as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA).
Havendo necessidade de
internação em um leito de UTI ou um clínico, por exemplo, o paciente passa a
integrar a fila da espera da regulação. Neste domingo (17), o tempo de espera
médio por um leito crítico chegava a passar de 29 horas, segundo levantamento
do G1 no
sistema Regula RN - usado pelos serviços de saúde do Rio Grande do Norte para
gerenciar os leitos.
O Hospital Giselda Trigueiro
é referência no tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas, além de
atender pessoas com picadas de animais peçonhentos e com HIV, por exemplo.
Nesses casos, os pacientes que precisarem de atendimento deverão procurar o
HUOL.
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