O Ministro
da Economia, Paulo Guedes defendeu, na manhã desta segunda-feira (27), que
servidores públicos façam um sacrifício e mostrem "que estão com o
Brasil" em meio à crise econômica causada pelo novo coronavírus. Ao lado
do presidente Jair Bolsonaro, o chefe da equipe econômica se mostrou contra
reajustes salariais no funcionalismo público no próximo um ano e meio.
"Servidores vão colaborar, eles vão também
ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar, e o presidente
disse, 'ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum
direito que existe hoje'. Mas por atenção aos brasileiros, não peçam aumento
por um ano e meio, contribuam com o Brasil", afirmou após reunião no
Palácio do Alvorada.
Com discurso em tom confiante, o ministro afirmou
que o Brasil "irá surpreender". "Estamos no caminho da
prosperidade e não do desespero", disse. "É claro que o mundo inteiro
está gastando mais agora por causa da crise, então nós também temos que gastar
mais. Só que é um ano excepcional, extraordinário. O ano que vem e este ano
mesmo já voltamos com as reformas. E ao no que vem, já vamos estar certamente
crescendo", complementou.
Pró-Brasil
O ministro também demonstrou apoio às medidas do
governo minimizar efeitos da pandemia do novo coronavírus. "O programa
Pró-Brasil na verdade são estudos justamente na área de infraestrutura, de
construção civil. São estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de
crescimento que nós vamos fazer. Isso vai ser feito dentro dos programas de
recuperação de estabilidade fiscal."
O programa foi apresentado na semana passada sem a
presença de Guedes e outros integrantes da equipe econômica.
Estados
e municípios
Guedes disse ainda que Executivo deve fechar ainda
nesta semana um acordo com presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para
aprovação da descentralização de recursos para Estados e municípios. "O
presidente sempre disse 'mais Brasil, menos Brasília'", ressaltou. Em
aceno ao Congresso, o ministro afirmou que acredita no apoio à aprovação de
reformas econômicas.
Teto
de gastos
Guedes afirmou que a situação atual do País não é o
caso de romper o teto de gastos, mecanismo que controla os gastos públicos
federais. "Se faltasse dinheiro para Saúde, nós até poderíamos romper
teto, mas não é o caso. Tudo que os governadores pediram, levaram. … Para que
falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra a tempestade",
comentou.
*Barriguda News/Estadão/Agora RN
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