A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está
preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, condenado por
corrupção e lavagem dinheiro, impetrou Habeas Corpus no Supremo Tribunal
Federal pedindo que a corte reconheça a suspeição dos procuradores da “lava
jato” e, consequentemente, a liberdade do ex-presidente e a nulidade das ações
penais.
A petição
pede também que o ministro Alexandre de Moraes compartilhe as conversas
apreendidas no inquérito da operação spoofing,
que identificou suspeitos de hackear celulares de autoridades.
No Habeas
Corpus, o advogado Cristiano Zanin Martins aponta que as recentes conversas
divulgadas pelo site The Intercept
Brasil em conjunto com outros veículos de comunicação reforçam a
suspeição dos procuradores, que já vem sendo apontada pela defesa desde o
início do processo.
“Tais
mensagens — cujo conteúdo, repita-se, é público e notório — reforçam também a
suspeição dos procuradores da República — a qual, insista-se, fora arguida por
esta Defesa desde sua primeira manifestação nos autos da ação penal (em
10.10.2016) com base em elementos concretos e que sempre indicaram que tais
agentes públicos agiram com motivação pessoal e política na prática dos atos de
persecução realizados contra o Paciente [Lula].”
Na petição,
a defesa afirma que os membros do Ministério Público Federal que atuaram nos
processos, além de terem sido coordenados e orientados pelo então juiz Sergio
Moro, desprezaram as garantias asseguradas a Lula na Constituição e nas leis.
Para a defesa,
concluir que a atuação dos procuradores contra Lula é um mero “excesso” é
admitir um vale-tudo na acusação, permitindo ao Ministério Público que promova
um linchamento moral do acusado, o que é inaceitável.
“Faz-se
imperioso, sobretudo nos tempos atuais, que esta Suprema Corte, guardiã da
Constituição da República, estabeleça limites claros ao exercício acusatório, o
qual não pode ocorrer à revelia das balizas constitucionais e legais, e dos
ideais libertários e republicanos. O caso do Paciente [Lula] é emblemático.”
A defesa
pede a suspeição dos procuradores Deltan Dallagnol, Antonio Carlos Welter,
Carlos Fernando dos Santos Lima (aposentado), Januário Paludo, Isabel Groba
Vieira, Orlando Martello, Diogo Castor de Mattos, Roberson Pozzobon, Júlio Carlos
Motta Noronha, Jerusa Burmann Viecili, Paulo Roberto Galvão, Athayde Ribeiro
Costa e Laura Tessler.
Com informações da
Revista Consultor Jurídico/Novo Jornal
Revista Consultor Jurídico/Novo Jornal
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