Delegados e
escrivães de Polícia do RN deflagraram na tarde desta quarta-feira (09) a
campanha "SEM POLÍCIA CIVIL, A IMPUNIDADE GOVERNA", que visa
conscientizar a população e o governo do Estado para a necessidade de
investimentos na polícia responsável por investigar todos os crimes que ocorrem
no estado.
A partir de
amanhã, os servidores usarão camisas em alusão à campanha e distribuirão
panfletos, cartazes, faixas, explicando porque não se conseguirá diminuir os
índices de criminalidade sem uma política de investimentos na PC.
Durante a coletiva
os diretores da ADEPOL/RN (Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN) e
Assesp (Associação dos Escrivães de Polícia do RN) relataram a situação de
caótica sob a qual trabalham nas delegacias do estado. O Déficit de efetivo
(mais de 70%), viaturas sucateadas, armamentos e coletes obsoletos, são algumas
das dificuldades. Tudo isso, reflexo do baixíssimo investimento que o Governo
do Estado disponibiliza para a investigação criminal.
Só para se ter uma
ideia no ano de 2105 foram efetivamente investidos na polícia civil (recursos
da FONTE 100) a quantia R$ 13.734,00 dos R$ 9.657.154,66 previstos no orçamento
para a polícia civil. Este ano, até julho de 2017, foi liquidada a
quantia de R$ 129.045,30, quando o orçamento previa a quantia de R$
11.694.063,00 para investimentos na Polícia Civil. Ou seja, o que corresponde a
1,10% da previsão orçamentária. Todos esses dados foram obtidos no SIAF
(Sistema Integrado para a Administração Financeira).
Por outro lado o
Portal da Transparência mostra algumas despesas realizadas com a mesma fonte ,
e que superam os investimentos na polícia. Por exemplo, no ano de 2015, o
Governo do Estado, gastou com arranjos de flores R$ 112.755,00. Com lanches, a
despesa foi de R$ 32.655,03. Para a presidente da ADEPOL/RN a situação chegou a
um ponto insustentável. "Em razão disso, a ADEPOL cumprindo o seu dever de
lutar pela sobrevivência da Polícia Civil, decidiu fazer a campanha. Para
mostrar a precariedade dos investimentos na Polícia Civil, chamando a atenção
da sociedade e do Governo sobre a importância da investigação criminal como
instrumento de redução da violência", disse a delegada Paoulla
Maués.
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