Agência Brasil
Enquanto deputados e senadores tentam consenso no plenário sobre a
continuidade ou encerramento da sessão do Congresso iniciada por volta
das 10h e convocada para a votação de dois vetos e da PLN 36/2014, as
galerias permanecem fechadas e, do lado de fora do Congresso,
manifestantes tentam convencer os seguranças a permitir a entrada.
O PLN 36/2014 altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para retirar a meta de superávit do governo para este ano.
De
acordo com a Polícia Legislativa, a decisão de barrar a entrada de
manifestantes é do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL),
que ontem (2) à noite já havia tentado esvaziar as galerias para impedir
os protestos contra a votação de mudança na meta fiscal. Parlamentares
da oposição reagiram e se juntaram aos manifestantes. A confusão levou Calheiros a suspender a sessão, convocando a reabertura da votação para esta manhã.
Na
chapelaria, entrada principal do Legislativo, cerca de 50 pessoas
levantam cartazes e bandeiras, gritando “queremos entrar” e “abaixo a
ditadura”. Os manifestantes começaram há pouco a fazer um apitaço.
Policiais militares estão posicionados na entrada da Câmara dos
Deputados e do Senado para reforçar a segurança da Polícia Legislativa.
O
deputado Simplício Araújo (SD-MA) deixou a sessão para tentar
tranquilizar os manifestantes, avisando sobre a possibilidade de a
votação do projeto ser adiada para a próxima semana. As pessoas, no
entanto, mantiveram os gritos de “essa casa é nossa” e “queremos
entrar”. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou pelo grupo de protesto e
foi saudado ao entrar no Congresso.
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