G1
Um total de 27 cursos de graduação em medicina obtiveram conceito
"insuficiente" em avaliação realizada pelo Ministério da Educação. Estes
cursos ficaram com nível 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) em uma
escala de 1 a 5. No total, foram avaliados 154 cursos de medicina. O
cálculo do CPC inclui a nota do curso de cada instituição no Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) aplicado no ano passado.
O MEC divulgou nesta quinta-feira (18) no "Diário Oficial da União" os
resultados dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) e ainda os
conceitos do Índice Geral de Cursos (IGC), referentes ao ciclo de
avaliação de 2013 aplicados a universidades, faculdades e centros
universitários.
Entre os "reprovados" estão cinco cursos de universidades federais:
Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do
Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG). Outros três cursos apareceram "sem conceito" por
serem recentes, entre eles o da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Também obtiveram conceito insuficiente dois cursos de medicina de
universidades estaduais e 20 de faculdades e centros universitários
particulares.
Nenhum curso dos 154 cursos avaliados ganhou o conceito máximo (nível 5).
Além de medicina, foram avaliados cursos de graducação em agronomia,
biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, gisioterapia,
fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço
social e zootecnia, e ainda curso tecnológicos em agronegócio, gestão
hospitalar, gestão ambiental e radiologia.
Entenda o CPC e o IGC
O CPC avalia os cursos superiores. Ele é obtido no ano seguinte ao da
realização do Enade de cada área, com base na avaliação de desempenho de
estudantes, corpo docente, infraestrutura, recursos
didático-pedagógicos e demais itens. O índice varia entre 1 e 5. O MEC
considera insuficiente qualquer conceito com notas 1 e 2.
A composição da nota tem três pesos: 55% corresponde ao desempenho dos
estudantes concluintes do curso no Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade), 30% equivale à titulação dos professores e ao seu
regime laboral, e 15% da nota é composta dos índices de infra-estrutura e
organização didático-pedagógica da instituição.
Cursos com conceitos 1 ou 2 estão sujeitos a medidas administrativas,
entre elas a suspensão da abertura de novas vagas por meio de processos
seletivos. Ou seja, a universidade pode fazer vestibular em geral, mas
não pode ofertar vagas no processo seletivo em cursos que foram
suspensos.
O IGC é um indicador de qualidade que avalia as instituições de
educação superior. Ele é calculado anualmente. A nota inclui a média
ponderada dos Conceitos Preliminares de Curso e os conceitos da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
responsável por avaliar os programas de pós-graduação das instituições. O
índice também varia entre 1 e 5. O MEC considera insuficiente qualquer
conceito abaixo de 3.
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