Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os dois pacientes transferidos do Maranhão para hospitais em
Brasília e Goiânia, após sofrerem queimaduras durante ataques a ônibus
em São Luís, continuam em estado grave. Juliane Carvalho Santos e Márcio
Ronny da Cruz estão internados em hospitais que são referência no
tratamento de queimados.
O último boletim médico liberado pelo Hospital Regional da Asa
Norte, em Brasília, diz que Juliane permanece internada na ala de
queimados, depois de passar por um procedimento chamado desbridamento
cirúrgico, que serve para retirar a pele morta que fica sobre os
ferimentos para evitar infecções. O quadro clínico é grave, porém
estável. Juliane deverá passar por nova cirurgia para retirada da pele
queimada na próxima semana.
Ela é a mãe de duas meninas que também estavam no ônibus ao qual
bandidos atearam fogo há uma semana. A filha mais velha, Ana Clara, de 6
anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. A mais nova, Lorane
Beatriz, de 1 ano e meio, está internada no Hospital Estadual Infantil
Juvêncio Matos, em São Luís, e não corre risco de vida. Lorane, que teve
lesões nos membros inferiores e em uma das mãos, ainda passa por
curativos cirúrgicos e está recebendo antibióticos. Segunda-feira (13),
ela deve passar por mais um curativo cirúrgico e encerrar a medicação.
Há possibilidade de ela receber alta em seguida.
Márcio Ronny da Cruz está internado no Hospital Geral de Goiânia,
considerado referência no tratamento de queimados no país. O estado de
saúde de Márcio é grave, porém estável. Ele também passou por
desbridamento cirúrgico nesta manhã e deverá ser novamente submetido ao
procedimento dentro de três dias. Ronny deverá receber transplante de
pele, mas ainda não há previsão para que isso ocorra. Apesar da
gravidade do quadro de saúde dele, que teve 72% do corpo queimado, os
médicos estão otimistas porque as queimaduras não atingiram os órgãos
internos, nem as vias respiratórias.
Abyancy Silva Santos, que teve 10% do corpo queimado, não corre
risco de vida e pode receber alta a partir de terça-feira (14). Ela
ainda está usando curativos cobertos nos ferimentos, que são os
principais motivos de sua permanência no hosptial. A perspectiva é que, a
partir de terça-feira, ela não precise mais fazer esse tipo de
curativo, o que permitiria a alta médica.
Os ataques a ônibus em São Luís foram comandados por presos de
dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Os encarcerados também
divulgaram vídeos de colegas sendo decapitados, o que gerou uma crise
que mobilizou o governo do estado e o Ministério da Justiça. Um pacote
de medidas para tentar contornar a onda de violência foi anunciado pelo
ministro, José Eduardo Cardozo, e a governadora, Roseana Sarney, dia 9.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opinião de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião deste Editor.
COMENTÁRIOS QUE TENHAM A INTENÇÃO DE DENEGRIR QUEM QUER QUE SEJA, SERÃO EXCLUÍDOS