O incidente ocorreu após uma demorada negociação entre a Mesa Diretora da Casa e o grupo de manifestantes que exigiam a suspensão da tramitação de lei que trata da licitação das linhas de transporte coletivo de passageiros da capital. Para que os manifestantes deixassem a Câmara de forma pacífica, a Mesa Diretora aceitou cancelar a auto convocação extraordinária, marcada para o período de 22 a 31 deste mês.
Como o grupo demorou a sair do local, os guardas legislativos e a
Guarda Municipal decidiram agir e a confusão começou. Houve choque entre
guardas e manifestantes, pedras foram atiradas contra o prédio e o
portão lateral que dá acesso ao local pela rua Jundiaí ficou seriamente
danificado. Para impedir uma nova e violenta invasão da Câmara, tiros
com munição de verdade foram disparados para o alto. O primeiro tiro foi
disparado de dentro do estacionamento da Câmara. Outros dois tiros
foram disparados por policiais militares na tentativa de conter as ações
de vandalismo.
No final da tarde, o único manifestante preso deixou o prédio em uma
Sprinter alugada a serviço da seccional Rio Grande do Norte da Ordem dos
Advogados do Brasil. Em companhia de quatro integrantes da Comissão dos
Direitos Humanos, o rapaz identificado como Fábio Santos, também
conhecido como “Bil”, foi levado à Delegacia de Plantão da Zona Sul. No
veículo, também seguiram o comandante da Guarda Legislativa e dois
representantes do movimento de protesto.O veículo da OAB-RN tornou-se
necessário porque os manifestantes, depois de expulsos da Câmara,
ganharam o apoio de dezenas de outros que estavam do lado de fora e
passaram a impedir que guardas municipais deixassem o local para levar o
manifestante preso até uma delegacia de polícia.
O INCIDENTE
Por volta das 15 horas, quando tudo fazia acreditar que a ocupação
caminhava para um final pacífico, a confusão começou. Jovens foram
perseguidos até o portão da rua Jundiaí e começaram a pular o muro. A
confusão se generalizou e somente foi contida depois que policiais
intervieram e tiros foram disparados para o alto.
Vários advogados da Comissão de Direitos Humanos compareceram ao local
para reforçar o trabalho de Daniel Pessoa, que entrara na Câmara em
companhia do vereador George Câmara (PC do B) no exato instante que a
confusão começava.
Liderados por Marcos Guerra, vice-presidente da seccional RN e Evandro
Michoni, presidente da Comissão de Direitos Humanos, o grupo da OAB
mediou o conflito, evitando um desfecho mais violento e grave. O
incidente também mobilizou diversos policiais militares, sob o comando
do coronel PM Alarico, subcomandante de policiamento da região
metropolitano.
Informações Jornal de Fato
Gerson de Castro/Da Redação NatalFotos: Frankie Marcone
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