O uso de máscaras de proteção durante a pandemia da Covid-19 pode gerar uma resposta imunológica e reduzir a gravidade da doença em indivíduos, além de garantir que a maioria das infecções seja assintomática.
A constatação foi identificada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicada na revista na The New England Journal of Medicine.
Se a hipótese acima for confirmada, o uso de máscaras poderia ser uma forma de “variolação” --separação que geraria imunidade e, portanto, diminuiria a disseminação do novo coronavírus enquanto a população aguarda uma vacina.
A variolação é um tipo de imunização utilizada há séculos que consiste em introduzir secreções de pessoas infectadas pela varíola em pessoas saudáveis.
As máscaras não impedem completamente a contaminação pelo vírus e é possível que gotículas salivares ultrapassem a proteção, porém numa quantidade relativamente menor e, consequentemente, numa carga viral também menor --o que está diretamente ligado a quadros leves da doença.
O recebimento dessas gotículas em baixas quantidades poderia, portanto, segundo os pesquisadores, desenvolver uma resposta imunológica em pacientes --ou ao menos fazer com que fossem assintomáticos.
Ainda de acordo com o estudo, dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA estimam que 40% da população americana possa ser assintomática, mas em países onde o uso de máscaras é nacional essa porcentagem poderia subir para 80%, o que significa que a maioria tem apenas quadros leves da doença.
Fonte: Giulia Alecrim*, da CNN, em São Paulo
O aumento gradativo de pessoas sem máscaras na cidade em ambientes públicos é preocupante, a pandemia está aí ainda em alto nível, os números vem suavemente baixando, mas ainda é necessário um esforço de todos para impedir uma nova onda de contaminação, aqui agora temos dois aliados para combater o virus: o calor extremo e a seca (humidade do ar bastante baixa), mas só isso não resolve, embora ajude.
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