A igreja católica lembra hoje, 3, os mártires de Cunhaú e Uruaçu. Os
massacres que acabaram com a vida de cristãos católicos ocorreram no ano
de 1645, mas foi a partir de 2000, quando as vítimas foram beatificadas
pelo então papa João Paulo II, que a data passou a ter mais destaque.
“O Diretório da Liturgia da CNBB (da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil) que orienta a Liturgia em todo o Brasil traz como “Memória”,
na quarta-feira, dia 3 de outubro, os Bem-aventurados André de Soveral,
Ambrósio Francisco Ferro Presbíteros e Companheiros Mártires. Portanto,
também na Diocese de Santa Luzia de Mossoró, como no Brasil inteiro,
celebrará o martírio dos Beatos supracitado, ocorrido no ano de 1645”,
diz o pároco de Santa Luzia, padre Walter Collini. Ele informa que a
missa, na Paróquia de Santa Luzia, será no Santuário do Coração de
Jesus, às 17h.
Para o pároco, o significado da data pode ser descrito segundo a
homilia do Papa João Paulo II, no dia 5 de março de 2000, que beatificou
os 28 leigos e os dois sacerdotes na presença de cerca de mil
brasileiros na praça de São Pedro. “Na sua reflexão o Santo Padre disse:
‘São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a
significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da
evangelização no Brasil, que acontece este ano. Naquele imenso País, não
foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da
igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de
várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero
diocesano.
Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do
século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte.
André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28
companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o
solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles
são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um
deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração
pelas costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na
Eucaristia, dizendo: ‘Louvado seja o Santíssimo Sacramento!’”, comenta o
sacerdote.
O vigário-geral da Paróquia de Santa Luzia, Padre Flávio Augusto,
ressalta que a comunidade católica reconhece a importância desses
mártires. “Claro. Com certeza”, diz o sacerdote.
Padre Flávio comenta que o processo de martírio significa que esses
cristãos perderam a vida por causa da fé e, no mundo de hoje, isso é
muito importante porque é um testemunho das pessoas que abriram mão da
vida, mas não da convicção.
De acordo com Pe. Flávio, existem duas formas de beatificar alguém.
Uma deles é quando há necessidade de comprovação de um milagre e o
segundo caso é quando fica comprovado que se trata de um mártir,
descartando a necessidade de milagre.
O próximo passo é a busca pelo título de santo, quando é preciso um milagre comprovado.
SOBRE A DATA - Segundo informações disponíveis na internet, os
massacres aconteceram no ano de 1645, sendo o primeiro deles em Cunhaú –
localizado em Canguaretama – e o segundo em Uruaçu, no dia 3 de outubro
deste ano. Os fiéis católicos foram trancados dentro de igrejas durante
as celebrações e submetidos à violência. Sem reagir, eles pediram
perdão dos seus pecados.
Barriguda News
Via Gazeta do Oeste
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