domingo, 20 de março de 2022

EM CATANDUVA, PADRE REZA MISSA, ADMINISTRA A CIDADE E DIRIGE UM TIME DE FUTEBOL


Em Catanduva, no noroeste do Estado de São Paulo, a 385 quilômetros da capital, há poucas pessoas mais conhecidas que Osvaldo de Oliveira Rosa, 55 anos, um padre que não se limita às atividades paroquiais. Ele é o clérigo mais famoso da cidade e, talvez por isso, tenha sido eleito prefeito do município em 2020 pelo PSDB com 20.981 votos.

Em meio aos desafios de administrar uma cidade de pouco mais de 100 mil habitantes, padre Osvaldo dirige o Catanduva FC, clube que fundou em 2017 a partir de um projeto social que mantinha com 300 garotos desde 2011.

PAIXÃO

Em um aparador em seu amplo gabinete na prefeitura da cidade, imagens de Nossa Senhora da Aparecida e outros santos dividem espaço com troféus, copos do Palmeiras e outros itens futebolísticos, o que demonstra quais são as prioridades de Osvaldo, um sacerdote que exerce o ofício há 23 anos e é apaixonado por futebol. O religioso acorda cedo, reza todos os dias missa na capela Padre Albino e depois cumpre agenda como gestor da cidade. Despacha de sua sala e recebe dezenas de visitas todos os dias, mas não esquece dos assuntos ligados ao Catanduva FC. “Estou a par de tudo que acontece”, conta Osvaldo ao Estadão.

CATANDUVA

O Catanduva FC, cujo mascote é um santo, está inscrito na Federação Paulista de Futebol (FPF) e disputa a Segundona, equivalente à quarta divisão estadual, um campeonato pródigo em histórias peculiares envolvendo pequenos times. Neste ano, a equipe do padre sonha em conseguir seu primeiro acesso, ainda que o seu fundador e os dirigentes digam que o objetivo principal é dar oportunidade para jovens talentos, desde a base, e revelar atletas.

“Eu penso em fazer um time bom, de qualidade, para poder revelar atletas e ter recursos no futuro”, diz. Segundo ele, o clube nasceu com caráter social. “A intenção foi fazer com que os jovens da região pudessem mudar de vida por meio do futebol”, explica.

O clube tem como presidente Ernesto Pedro de Oliveira Rosa, irmão de Osvaldo. Embora seja fundado e administrado por dois párocos, a agremiação não proíbe manifestações religiosas nem apresenta uma cartilha nesse sentido para os jogadores seguirem. No entanto, de acordo com Osvaldo, o clube existe também para “acolher e semear valores humanos e cristãos”.

Fonte: Agência Estado/Terra

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