O Rio Grande do Norte não receberá ajuda financeira do Tesouro
Nacional. O secretário da pasta, Mansueto Almeida, explicou que estados
que decretaram situação de calamidade financeira, como Goiás, Mato
Grosso, Roraima e o próprio RN, não serão contemplados, apenas receberão
um auxílio técnico para traçar programas de ajuste fiscal e de
melhorias de gestão.
De acordo com Almeida, a aprovação da reforma da Previdência
representa a melhor possibilidade de que esses estados reequilibrem suas
finanças. Isso porque a maior parte dos gastos locais está nas despesas
com o funcionalismo local. “Os governadores estão querendo aprovar a
reforma da Previdência. Dois terços dos inativos dos estados se
aposentam, em média, aos 49 anos de idade”, disse o secretário.
Na segunda-feira, 28, o Tesouro Nacional revelou que a ajuda aos
estados com problemas financeiros terá impacto de R$ 127,4 bilhões sobre
a Dívida Pública Federal de 2019 a 2022. Do total, R$ 95,4 bilhões
correspondem ao que a União deixará de receber com os programas de
renegociação e com liminares na Justiça. Os R$ 32 bilhões equivalem às
garantias que o Tesouro terá de executar de estados que derem calote.
De 2016 a 2018, as sucessivas ajudas financeiras aos estados deram
prejuízo de R$ 82 bilhões à União. Do total, R$ 71,4 bilhões representam
o que o Tesouro deixou de receber dos estados que renegociaram os
débitos e R$ 10,6 bilhões correspondem às garantias honradas pelo
governo federal.
Os números foram apresentados por Almeida, que divulgou o Plano Anual
de Financiamento (PAF) para a dívida pública em 2019. Segundo os
técnicos do órgão, o dinheiro que a União deixa de receber dos estados e
a execução de garantias da União podem se refletir tanto no aumento da
dívida pública como na redução do colchão da dívida pública (reserva
financeira de segurança do Tesouro).
*AGENCIA BRASIL
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