Quando
a poeira aos poucos baixar
E o
negrume da noite estiver tingido
Dos
laranjas da aurora
Quando
todos os bordados
Estiverem
concluídos
E tua
fé tenha restado em tiras
Quando
as contas do rosário
Sentirem-se
gastas sob teus dedos
E
tenham neles deixado nódoas
Quando
histórias de regressos
E
encontros já não comportem esperanças
Nem
Penélope te alimente mais ilusão
Quando
o dizer ‘vai a água virar vinho’
Soe
apenas como alucinação retórica
Sem
clarão nenhum no caudal
Quando
pensares ser só um sonho
Terei
entrado suave por aquela janela
Para
responder à tua pergunta aflita:
- E o
que queres mais de mim?
- Mover
a tua porta e
Sumir em ti.
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