Em pronunciamento na
sessão plenária dessa terça-feira (20), na Assembleia Legislativa, a deputada
Cristiane Dantas (PCdoB) repercutiu e repudiou o caso de feminicídio registrado
ontem (19) contra Isolda Claudino de Almeida, de 53 anos. A vítima foi assassinada
a facadas pelo ex-companheiro, José Cândido de Melo, após descer de um ônibus
na avenida João Medeiros Filho, Zona Norte de Natal.
“O
alerta que faço mais uma vez é para que as mulheres denunciem os agressores,
procurem a ajuda da Rede de Proteção, que só se faz eficaz se a vítima prestar
todas as informações necessárias. Os casos de feminicidio são mortes
anunciadas. Enquanto a justiça não aprofundar o olhar para o feminicídio,
iremos continuar assistindo casos assim”, advertiu Cristiane.
A parlamentar lamentou ainda o fato de, segundo ela, a vítima
ter procurado a Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher (Deam) em
fevereiro, mas ter negado o acolhimento oferecido para hospedagem em uma
casa-abrigo por “não acreditar que o ex-marido fosse capaz de um ato extremo”,
frisou.
Como presidente da Frente Parlamentar da Mulher na Assembleia
Legislativa, Cristiane anunciou que irá propor uma audiência pública para
debater o assunto. “É preciso saber o que aconteceu nesse caso de Isolda. Como
esse agressor foi liberado na audiência de custódia? Temos que trabalhar para
corrigir as falhas. Quem deve perder a liberdade são os agressores, nãos as
mulheres”, questionou ela.
Em aparte, a deputada Márcia Maia (PSDB) reforçou a necessidade
de maiores investimentos nas ações contra a violência doméstica no Estado. “É
preciso que a Rede de Proteção tenha condições para funcionar adequadamente. As
Delegacias da Mulher não têm ainda a estrutura necessária para evitar que
crimes como esse aconteçam. Temos que estar unidas para acabar com esse tipo de
violência que, infelizmente, ainda existe em nossa sociedade machista”,
defendeu Márcia.
Bullying
Ainda em pronunciamento, a deputada Cristiane Dantas destacou os
Projetos de Lei apresentados por ela que propõem instituir a Semana Estadual de
Combate ao Bullyng e Ciberbulling e o Dia Estadual de Combate ao Bullying.
“As instituições não podem se furtar em criar um mecanismo de
orientação e combate a esse grave problema, de alta incidência, que prejudica
imensamente as crianças e ocasiona problemas futuros, já que ocorrem durante a
formação do indivíduo”, justificou a parlamentar.
*Portal No Ar/ Foto: João Gilberto
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