Uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu violar
um dos dispositivos de segurança da urna eletrônica. Durante uma série de testes
públicos da máquina feitos por especialistas em computação e segurança da
informação, professores e alunos da UnB conseguiram descobrir a sequência dos
votos digitados na urna eletrônica. Mas não conseguiram identificar os autores
dos votos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o episódio
registrado pela equipe da UnB foi uma grande contribuição para o aperfeiçoamento
do sistema eletrônico de votação. Os testes foram realizados na sede do
tribunal, sob a supervisão de integrantes da Secretaria de Tecnologia da
Informação, e contaram com a participação de nove grupos. Diante desse
resultado, técnicos do tribunal começaram a trabalhar para tentar resolver a
vulnerabilidade do software.
Após as modificações, o sistema será novamente testado hoje
pelos especialistas. O tribunal explicou que os votos digitados na urna são
embaralhados, o que impede o sequenciamento. O grupo da UnB conseguiu
desembaralhar os dados, refazendo a ordem de digitação. O TSE garantiu que,
apesar de ter refeito o sequenciamento, a equipe da UnB não quebrou o sigilo do
voto. Isso porque eles não conseguiram relacionar o nome dos eleitores com os
votos digitados na urna. Segundo o tribunal, o teste da UnB reforça a segurança
do sigilo do voto.
Atualizado: 22/3/2012 14:52
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