Na próxima quarta-feira, 28, o Núcleo de Antropologia Visual da UFRN promove exibição, seguida de debate, de documentário com Ilda Ribeiro de Souza (1925-2005), ex-integrante do cangaço. O filme traz uma entrevista realizada em 1994 com Sila (como era conhecida no grupo liderado Lampião) reconstituindo o percurso feito pelo grupo nos anos 1930 e contando sobre os costumes, as crenças e rotina dos cangaceiros e cangaceiras.
O percurso é finalizado com a descrição feita por ela do que ocorreu na manhã do dia 28 de julho de 1938, quando o grupo foi cercado por policiais da Volante, equipe especial criada para combater os cangaceiros. Os policiais emboscaram e mataram Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Maria Bonita e outros nove integrantes do cangaço.
Lampião, Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita), Quinta-feira, Mergulhão, Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Marcela foram degolados e tiveram as cabeças expostas em locais públicos e submetidas a análises por mais de três décadas.
“Eu sabia que não podia deixar de contar essa história”, diz Lisabete Coradini, coordenadora do Navis e responsável pelo documentário. Ela conta que viu Sila dando uma entrevista na televisão e decidiu que precisava registrar o relato da ex-cangaceira.
“O documentário é a versão da Sila. Ela é a narradora e a personagem principal. Quem fala sobre o cangaço e ser cangaceira é ela”, explica Coradini.
A documentário “Entre bandidos e heróis: a mulher cangaceira” será exibido no canal do Youtube do Navis (Link aqui), às 15h do dia 28 de abril. Na sequência, Coradini recebe o antropólogo Duarte Júnior, professor do IFRN, para o debate “A imagem constitui-se memória”. O evento faz parte das comemorações dos 20 anos de criação do Núcleo de Antropologia Visual da UFRN (Navis).
Fonte: Saiba Mais/RN
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