Redação Agora RN
O Governo do Rio Grande do
Norte espera pagar até o dia 15 de fevereiro a folha de novembro de 2018 para
os servidores que ainda não receberam os seus vencimentos daquele mês. A
previsão foi anunciada nesta quarta-feira, 15, pelo secretário estadual de Planejamento
e Finanças, Aldemir Freire, durante reunião com o Fórum de Servidores para
discutir o pagamento de salários.
De acordo com o secretário, o
pagamento de novembro de 2018 depende de um empréstimo que o Governo do Estado
negocia com o banco Daycoval. Aldemir Freire falou que os últimos detalhes do
acerto ainda estão sendo discutidos com a instituição financeira. Depois que
essa etapa for encerrada, é que o governo vai pedir autorização da Secretaria
de Tesouro Nacional para fechar o empréstimo.
Pelo que foi divulgado até
agora, o banco Daycoval vai emprestar R$ 180 milhões ao governo, tendo como
garantia de pagamento os royalties de petróleo e gás a serem recebidos pelo
Estado entre janeiro de 2020 e setembro de 2022.
Na semana passada, a gestão
da governadora Fátima Bezerra disse que tinha definido todos os detalhes do
empréstimo e que só esperava o aval do Tesouro, órgão do Ministério da
Economia, para fechar a operação.
O Agora
RN revelou nesta quarta-feira, contudo, que a Secretaria
do Tesouro Nacional não recebeu nenhum pedido de análise por parte do Governo
do Estado, o que desmentia a informação do governo – agora corrigida pelo
secretário de Planejamento e Finanças.
Com os recursos deste
empréstimo, o governo pretende pagar parte dos salários dos servidores que
continuam atrasados, principalmente a folha de novembro de 2018 (que não foi
paga a um pequeno grupo de servidores). Além desta, porém, o governo deve as
folhas de dezembro e o 13º salário daquele ano para todos os servidores.
Em dezembro, o secretário
Aldemir Freire afirmou que o empréstimo seria pago em 33 meses, iniciando em
janeiro de 2020. Ao final do pagamento, a operação custaria cerca de R$ 218
milhões.
Os juros do empréstimo,
segundo estava definido, seria a soma de uma taxa fixa anual de 11,35% com
outra taxa variável (tendo como base a CDI, hoje em 4,9%).
“A tendência é que a CDI caia
nos próximos meses, mas voltando depois à sua trajetória. Então, a taxa fica
razoavelmente controlada. A taxa hoje fica em 16,25%, a 1,26% por mês. Vamos
pagar em torno de R$ 38 milhões de juros”, ressaltou o secretário Aldemir
Freire (Seplan), em entrevista ao Agora RN em dezembro.
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