terça-feira, 9 de maio de 2023

Piso da enfermagem causará impacto de R$ 107 milhões por ano no RN

 

A implantação do piso nacional da enfermagem no Rio Grande do Norte causará um impacto potencial de R$ 107 milhões por ano na Administração Pública – o valor representa um aumento de 37% na folha. Em todo o país, impacto para a rede pública será de R$ 3,8 bilhões por ano, sendo o Nordeste a região mais impactada, com cerca de R$ 1,5 bilhão a mais por ano.

Os dados são de uma análise de impacto da criação do piso salarial para profissionais de enfermagem, feita pela LCA Consultoria Econômica.

O documento ainda aponta que a esfera Municipal apresenta uma maior concentração de profissionais da Administração Pública e sofrerá um maior impacto com a implementação do piso. O aumento salarial anual deve chegar a 42% para técnicos.

Um estudo feito pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH) aponta que o Rio Grande do Norte tem 15.087 profissionais da enfermagem recebendo salários abaixo do novo piso da categoria, estipulado em R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras . O número de trabalhadores representa 84% de toda a categoria profissional atuando nos municípios potiguares.

Atualmente, o salário médio de enfermeiros no Nordeste é de R$ 4.717; o de técnicos de enfermagem, R$ 2.266; e os de auxiliares, R$ 2.239.

Ao NOVO, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou que ainda fará reuniões para alinhamento da implantação do piso no RN. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS Natal) também foi procurada, mas não respondeu.

Além da Administração Pública, o setor privado também terá impactos com a adoção do piso da enfermagem. Em todo o país, de acordo com a análise, as empresas privadas terão um aumento no custo de pessoal de R$ 5,3 bilhões por ano. Hoje, 5.896 profissionais possuem vínculos de enfermagem em empresas no RN.

O Hospital Rio Grande informou ao NOVO que aguarda a deliberação do piso no STF. “Não temos posicionamento antes dessa decisão na instância legal”, informou a assessoria.

As operadoras de plano de saúde, por sua vez, não apresentam margem capaz de acomodar o aumento salarial, dada a dinâmica da pandemia a partir de 2020. Na época, as despesas foram reduzidas pela impossibilidade de realização de procedimentos eletivos. A partir do momento em que a pandemia acalmou, o crescimento da realização desses procedimentos pressionaram os custos do setor.

A Unimed informou que também aguarda os desdobramentos do Projeto de Lei que trata do piso da enfermagem. “Ressaltamos que a empresa, como sempre tem feito, cumprirá a legislação”, afirmou.

Fonte: Novo Notícias

Um comentário:

  1. Para quem trabalha dia e noite cuidando de uma das partes mais importantes da sociedade a SAÚDE, esse "impacto" é mais que justo.

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