O
número de casos prováveis de dengue registrados no Brasil em janeiro deste ano
mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. De acordo com o
Ministério da Saúde, até o dia 2 de fevereiro, o aumento era de 149%,
passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis – uma incidência de 26,3 casos
por 100 mil habitantes.
Ainda
segundo a pasta, foram registradas, até o momento, cinco mortes provocadas pela
doença, sendo uma no Tocantins, uma em São Paulo, duas em Goiás e uma no
Distrito Federal. Em 2018, foram notificados 23 óbitos por dengue.
Por
meio de nota, o ministério avaliou que os dados epidemiológicos alertam para a
necessidade de intensificação das ações de eliminação de focos do Aedes aegypti
em todas as regiões do país. “São ações que envolvem gestores estaduais,
municipais, governo federal e a população”.
Regiões
De
acordo com o boletim, a região Sudeste concentra 60% (32.821) do total de
casos registrados no país em 2019. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste,
com 10.827 casos de dengue; Norte, com 5.224 casos; Nordeste, com 4.105
casos e Sul, com 1.800 casos.
Em
relação à incidência, que considera a proporção de casos com o número de
habitantes, Centro-Oeste e Sudeste apresentam os maiores dados: 67,3 casos por
100 mil habitantes e 37,4 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Quando
comparados os dados entre 2018 e 2019, o Sul apresenta o maior índice de
crescimento de casos, 597,7%, passando de 258 para 1.800 casos prováveis. O
Sudeste teve aumento de 472,6%, saindo de 5.732 para 32.821 casos. O Norte tem
índice de 233%, saindo de 1.569 para 5.224 casos. E o Nordeste registra
crescimento de 37,6%, passando de 2.983 para 4.105 casos.
O
Centro-Oeste, segundo o balanço, é a única região do país que apresentou
redução nos números, de 5,4%, saindo de 11.450 para 10.827 casos prováveis de
dengue.
Estados
O
levantamento mostra que dois estados registraram aumento de mais de 1.000% no
número de casos de dengue – Tocantins, com crescimento de
1.369%, saindo de 210 para 3.085 casos prováveis; e São Paulo com aumento de
1.072%, passando de 1.450 para 17.004 casos prováveis.
Outros
dois estados, segundo o ministério, apresentaram crescimento considerado
significativo: Paraná, com aumento de 648,6%, saindo de 214 para 1.602 casos; e
Santa Catarina, com 644%, passando de 18 para 134 casos.
Em
relação à incidência, destacam-se Tocantins, com 198,4 casos por 100 mil
habitantes; Acre, com 163,7 por 100 mil habitantes; Goiás, com 108,7 por 100
mil habitantes; Mato Grosso do Sul, com 79,7 por 100 mil habitantes; Espírito
Santo, com 61,9 por 100 mil habitantes; e Minas Gerais, com 58,9 por 100 mil
habitantes.
Zika
Ainda
de acordo com o boletim, até 2 de fevereiro, foram notificados 630 casos
de infecção pelo vírus Zika em todo o país – uma redução de 18% em relação ao
mesmo período de 2018, quando haviam 776 casos. A taxa de incidência da doença
no Brasil é de 0,3 casos por 100 mil habitantes.
O
Norte apresentou o maior número de notificações, 410 casos. Em seguida,
aparecem as regiões Sudeste, com 119 casos; Nordeste, com 49 casos;
Centro-Oeste, com 43 casos; e o Sul, com 9 casos.
Chikungunya
Já
em relação ao chikungunya, o Brasil apresentou redução de 51% nos casos este
ano em relação ao mesmo período de 2018. Até 2 de fevereiro, foram
registrados 4.149 casos prováveis de infecção contra 8.508 casos notificados no
ano passado.
A
incidência, em 2019, está em 2 casos por 100 mil habitantes. Entre as regiões,
o Norte do país apresentou o maior número de casos, 2.730. Em seguida, aparecem
Centro-Oeste, com 789 casos; Nordeste, com 446 casos; Sul, com 94 casos; e
Centro-Oeste, com 90 casos.
*Agência
Brasil
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