Páginas

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PRIPLES: Polícia de Pernambuco pede bloqueio de R$ 70 milhões

Cerca de R$ 70 milhões em contas bancárias da Priples, que se apresenta como empresa pernambucana de publicidade digital, foram bloqueados a pedido da Polícia de Pernambuco. O valor pode ser utilizado para ressacir as pessoas lesadas no possível esquema de pirâmide financeira. O casal dono do negócio - o estudante de ciências da computação Henrique Maciel Carmo de Lima, de 26 anos, e a enfermeria Mirele Pacheco de Freitas, de 22 anos - teve o mandado de prisão preventiva cumprido no último sábado (3), por suspeita de de praticar crimes contra a economia popular e contra a ordem econômica e relações de consumo. A empresa já movimentou cerca de R$ 107 milhões desde sua criação, no dia 1º de abril deste ano.

De acordo com a polícia, as investigações tiveram início no fim do mês de maio, quando sócios da Priples procuraram as autoridades para denunciar a falta de pagamento ou pagamento parcial do que prometia no cadastro. Ao visitar a suposta sede da empresa, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, a polícia encontrou um escritório em reforma, sem sinais de atividade. Segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Couto, os indícios de pirâmide financeira foram aos poucos revelados a partir de então. "Até o começo de junho, foram 17 reclamações. Mas mesmo que a empresa estivesse efetuando os pagamentos conforme dizia o contrato, vimos claros indícios de esquema de pirâmide financeira", afirmou o delegado. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Central de Atendimento da Priples, em Jaboatão dos Guararapes, onde nada foi localizado. 

A empresa prometia pagamento de 60% ao mês sobre o valor investido inicialmente pelo usuário cadastrado. Os lucros eram fornecidos a partir dos novos investidores, atraídos pela facilidade de ganhar dinheiro. De acordo com o delegado seccional de Boa Viagem, Guilherme Mesquita, cada caso será analisado. "Se você ilude a pessoa de alguma forma e a traz para um negócio de alto risco, para a base da pirâmide financeira, isso também configura estelionato", disse. De acordo com Carlos, 95% da receita da empresa e dos sócios vinha do cadastro novos investidores. Os outros 5%, segundo consta com os autos dos donos, eram provenientes do tráfego de dados da internet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opinião de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.

Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião deste Editor.

COMENTÁRIOS QUE TENHAM A INTENÇÃO DE DENEGRIR QUEM QUER QUE SEJA, SERÃO EXCLUÍDOS