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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Fora da chapa governista, Antenor Roberto lamenta tratamento dado pelo PT ao PCdoB

“Meu nome não está posto para disputar, até porque não ocupando a 1ª suplência do Senado. O PCdoB achou que seria muito desgastante insistir com nosso nome em qualquer outro espaço”, declarou o vice-governador do Estado, Antenor Roberto (PCdoB), afirmando que não entrará na corrida eleitoral, pois seu partido perdeu a batalha em busca de espaço para a primeira suplência de Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Senado, na chapa majoritária governista. “O caminho que está posto para nós é encerrar nosso ciclo de participação desta eleição até 31 de dezembro, no cargo de vice-governador”, disse.

Segundo Antenor Roberto, ao invés do PCdoB ser reconhecido como um parceiro que ajuda nas construções (políticas), é, mais uma vez, preterido, porque o acordo para indicar a primeira suplência não foi realizado. Para ele, o PT empurrou o PCdoB para fora da chapa majoritária ao indicar o atual senador Jean Paul Prates para ser o primeiro suplente, conforme aprovado no encontro tático.

“Quer dizer, o PT, abusando da sua hegemonia política, dar um tratamento (desses) a um parceiro como o PCdoB, que nos momentos difíceis e de agonia, seja no mensalão, seja no golpe do impeachment da presidente Dilma Rousseff, atuou como escada para ajudar o PT a oxigenar, basta haver um novo ciclo de oxigênio que a gente é tratado desta forma”, lamentou.

“O PcdoB no RN ficou em uma situação muito difícil e de muito constrangimento político, porque nós fizemos toda essa construção e fomos empurrados ladeira abaixo do palanque da chapa majoritária. Nosso projeto eleitoral hoje está circunscrito na pré-candidatura da vereadora Júlia Arruda a deputada estadual. Estamos juntos com ela disputando uma das vagas da federação para deputado estadual e entramos na cota nacional para deputado federal, mas apenas na cesta de votos – contagem de votos para alcançar o coeficiente eleitoral – e somar com o percentual em que a direção nacional e as regras eleitorais exigem”, explicou.

Antenor esclareceu ainda que, na eleição passada, o partido alcançou o resultado em termos percentual de cesta eleitoral ou muito perto disso. “Nunca conseguimos ter uma candidatura com densidade eleitoral para disputar uma das vagas, já que, aqui no Rio Grande do Norte, são apenas oito vagas para deputados federais. Na eleição passada, o único partido que conseguiu fazer coeficiente eleitoral sozinho foi o PT, elegendo a deputada Natalia Bonavides”, destacou.

“Constituída a federação, o PV terminou sendo o catalisador de arranjos eleitorais com aqueles que queriam romper com o campo que eles ocupavam na eleição passada e se aproximar da governadora, que vai para uma reeleição como favorita. O PV aqui foi um objeto de acomodação de mandatos de deputados que imprensou a gente na parede do ponto de vista da disputa parlamentar eleitoral, isso é um efeito concreto e não estou aqui chorando as pitangas”, explicou.

Para ele, Lula vai oxigenar a oligarquia dos Alves, ao trazê-la para a vice na chapa da governadora. “Já está tudo estabelecido. Sinalizando que não é apenas o Walter que vai ser o vice de Fátima, mas ele objetivamente entra na linha sucessória, já que a governadora encerra o seu ciclo de segundo governo, caso se reeleja, e evidentemente qualquer movimento que ela fizer o MDB e Walter estará na linha de sucessão”, pontuou.

Fonte: Agora RN

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