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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

BOLSONARO DIZ QUE É CONTRA CARNAVAL EM 2022, MAS QUE A DECISÃO CABE AOS PREFEITOS

O presidente Jair Bolsonaro é contra a realização do Carnaval em 2022. A declaração do presidente foi dada durante entrevista concedida à Rádio Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira (25). O presidente disse temer uma nova onda de casos e acusou prefeitos e governadores de terem ignorado o risco da doença no início de 2020.

Na entrevista, Bolsonaro disse que em fevereiro do ano passado, quando "estava engatinhando a questão da pandemia", ele decretou emergência e, segundo ele, os prefeitos e governadores ignoraram. Porém, a portaria editada em fevereiro pelo Governo Federal teve como objetivo repatriar brasileiros na China, na época o epicentro da Covid-19. O documento não recomendava a suspensão ou cancelamento das festividades. Não havia casos confirmados de Covid-19 no país, no início de fevereiro, e o governo enviou ao Congresso projeto de lei que, aprovado em 6 de fevereiro, se tornou a lei e também não citava o cancelamentos de eventos com aglomerações.

Na entrevista, Bolsonaro argumentou que decisões do Supremo Tribunal Federal dão a estados e municípios autonomia sobre restrições na pandemia. "Por mim, não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos. Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica", disse o presidente.

"As consequências vieram. Chegamos a 600 mil óbitos. E alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade. Não tenho culpa disso. Não estou esquivando, nem apontando outras pessoas. É uma realidade, é uma verdade. Todo o trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e aos governadores. O que coube a mim? Mandar recursos", disse Bolsonaro.

Na entrevista, o presidente disse que teme que uma retomada de casos no país tragam novas restrições. "Estou vendo que alguns países da Europa estão retomando medidas de lockdown. Se tiver outro lockdown no Brasil, em estados e municípios, vai quebrar de vez a economia", disse Bolsonaro, voltando a afirmar que os mais idosos e com comorbidades são os maiores acometidos pela doença.

Fonte: Tribuna do Norte

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