Muitas vezes deixamos o conforto da casa dos nossos pais para buscarmos o que desejamos, o que planejamos por anos e o que acreditamos ser o melhor para nossas vidas.
Em algumas vezes, essa saída acontece na fase da adolescência, e o jovem - cheio de vigor e vida - sente-se como um “passarinho saindo da gaiola”, curte cada momento, aproveita cada segundo e, por algumas vezes, esquece até o que deseja.
Passam a ser visitas na casa dos pais, principalmente quando estes moram no interior. Ah... e como é prazeroso ir no períodos das férias e datas comemorativas.
Se deliciar com aquele feijão da mamãe, ouvir histórias nas calçadas, dentre tantas outras coisas.
E a imagem acima aparece em todos esses cenários.
Quem chegou ao interior e não se deparou logo com uma pracinha e uma igreja?
É esta cruz que move a fé de muitos, principalmente dos que deixam suas raízes e partem para voar.
Com o passar dos anos, a euforia diminui.
As responsabilidades aumentam e alguns pensam até em voltar. Na verdade, uns voltam.
Outros seguem tentando, realizando e sonhando cada vez mais.
O que era bom, às vezes, se transforma em uma saudade que dói mesmo.
Resta aguardar um tempo livre e voltar a curtir tudo isso.
Ah! Se soubéssemos como o tempo passa rápido e as etapas de nossas vidas não voltam.
Talvez fizéssemos tudo diferente.
Talvez não fizéssemos.
E assim é a vida e todos os seus mistérios.
O que não podemos é deixar de viver.
Flávia Melo
*Graduada em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Especialista em Teoria e Estudos sobre a Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Mestre em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
esse comentario diz muito, eu mim encaixo nele. saudades da terrinha
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