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sábado, 19 de março de 2016

SAÚDE: INFERTILIDADE MASCULINA

No passado, quando um casal não conseguia ter filhos, a sociedade costumava decretar que a origem do problema estava na mulher. A evolução científica e a transformação das relações humanas pôs fim a esse estigma. Hoje, de maneira genérica, os especialistas apontam que as causas da infertilidade apresentam um curioso equilíbrio: 40% por fatores femininos, 40% por fatores masculinos e 20% por fatores da mulher e do homem associados.
Segundo os estudos mais recentes, do ponto de vista feminino, as causas de infertilidade que mais se destacam são a má ovulação, a endometriose e os problemas de trajeto de útero e de trompa. Para o homem, as causas mais comuns são as alterações no sêmen, como a baixa contagem de espermatozoides e a incapacidade de fecundar o óvulo.
O CDC (em inglês, Centre for Disease Control) lançou um estudo, em 2011, que aponta: depois de seis meses de relações desprotegidas, se não ocorrer a gravidez, o casal deve procurar orientação com especialistas em reprodução humana para investigar eventuais causas e buscar soluções para o problema.
A causa mais comum de infertilidade masculina é a baixa produção de espermatozoides. Há atividades profissionais que podem influenciar para a ocorrência ou não da gravidez. Algumas profissões (motoristas de caminhão, cozinheiros, metalúrgicos) expõem os homens a temperaturas mais altas na altura do quadril, o que pode comprometer a qualidade do seu esperma. O uso de certas substâncias (antidepressivos, remédio para a calvície e excesso de álcool, por exemplo) também pode ser um fator de influência.
Uma condição bastante citada no quesito da infertilidade masculina é a varicocele (dilatação dos vasos ao longo do cordão espermático). A varicocele está presente em 15% da população geral (adultos e adolescentes) e em 35% dos homens com infertilidade, porem há muita controvérsia sobre sua real ação na infertilidade e atualmente a classificação de varicocele tem sido considerada como uma variante do normal. As infecções também podem comprometer a qualidade do sêmen por aumentar a quantidade células de defesa e, por consequência, os radicais livres bastante tóxicos aos gametas masculinos.
Uma causa ainda mais complexa é a de origem aloimunológica. As células humanas têm uma espécie de ‘código de barras’, o chamado HLA, ou antígeno de histocompatibilidade. Quando o casal tem HLAs com partes semelhantes, o organismo da mulher pode “ler” a nova célula gerada no útero como uma sequência genética errada, acionando as células de defesa a eliminá-la.
Imagem:Reprodução Veja

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