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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

TEMPOS DE INVERNO - A POESIA DE INARA

Me recordo de um inverno
Que toda noite chovia
Me dava um grande prazer
Quando o dia amanhecia
Eu ia riscar a terra,
Ver a neblina na Serra,
Enfeitando Alexandria.

Corria dentro da Mata
Andava pelo Cascalho
Saia batendo em folhas
Carregadas de orvalho
Juntava uma menineira!
Debaixo de uma biqueira
Chega a visão era turva.
E mãe em casa, uma arara
Passe pra dentro Inara
Saia do bafo da chuva.

Quando o sol ia se pondo
 A Torre vinha subindo
O barulho do trovão
Os passarinhos fugindo
O vento arrebatador
Varria todo o calor
Com o seu forte assobio.
As nuvens acinzentadas
Todas elas carregadas
Traziam pra noite o frio.

Lembro dos açudes cheios
E do mato esverdeado
Das estradas abrejadas
Da chuva sobre o telhado.

Ah se esse tempo voltasse
E o Senhor Deus escutasse
As preces da nossa gente
Meu Deus tenha compaixão
Tenha  pena do Sertão
Lhe peço de coração

Mande a chuva novamente

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