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sábado, 7 de fevereiro de 2015

JOSÉ DIAS: "Robinson e Wilma se equivalem no item DESCOMPROMISSO. Diz que vai fazer uma coisa, e faz outra".

Diógenes Dantas/NoMinuto
O personagem político da semana no Rio Grande do Norte foi, sem dúvida, o deputado estadual José Dias (PSD).
Ele ameaçou romper com Robinson Faria caso houvesse interferência do governo na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, e rompeu quando ficou evidente a participação do governador em favor do eleito, deputado Ezequiel Ferreira (PMDB).
José Dias rompeu com Robinson acusando-o de traição, pecha incômoda que notabilizou uma das antecessoras do atual governador, Dona Wilma (PSB).
Na ótica política do parlamentar, Robinson e Wilma se equivalem no item "descompromisso". Diz que vai fazer uma coisa, e faz outra.
Segundo José Dias, para aprovar o empréstimo de R$ 850 milhões na convocação extraordinária da AL em Janeiro, o governador assumiu compromisso com a reeleição do deputado Ricardo Motta (PROS) à presidência da AL. Robinson ficou de pedir votos em favor de Motta na base governista, o que efetivamente não ocorreu.
Vale destacar que José Dias rompeu no primeiro mês do atual governo.
Robinson sabe que José Dias será uma pedra no sapato no papel de oposição. Mas o que deve incomodar o governador é a perda de um aliado fiel, que esteve ao lado dele nos momentos mais difíceis de isolamento político e de incertezas.
José Dias foi um amigo no momento da dificuldade. Transformou-se num desafeto político no primeiro instante em que Robinson se cerca dos amigos no poder.
A bancada de oposição, reforçada agora pela presença de José Dias, já prepara uma pauta bomba para quando o Carnaval passar: os deputados vão cobrar ações do governador nas áreas de segurança pública, da saúde e de finanças (folha dos servidores e fundo previdenciário).
Na saúde, por exemplo, a oposição vai cobrar o birô de Robinson no hospital Walfredo Gurgel. Na campanha eleitoral e depois dela, o governador prometeu dar expediente no Walfredo até dar solução aos antigos e crônicos problemas da unidade hospitalar.
Se entrar no hospital para dar expediente, Robinson Faria corre o risco de não sair de lá.

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