CRIMINOSO invade Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, faz um refém, depois se entrega

 

Jornal O Globo

 

RIO — Um homem armado invadiu, na tarde deste domingo, uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, e manteve o fiel Eduardo Janeiro do Amaral como refém por mais de duas horas. O bandido, identificado como Carlos Alberto de Souza Júnior, de 29 anos, entrou na igreja pouco antes das 17h, após assaltar a Drogaria Pacheco, na Rua Visconde de Pirajá, entre as ruas Garcia D’Ávila e Maria Quitéria. Ele e um cúmplice fugiram a pé da loja, quando policiais militares chegaram ao local, e tentaram render um taxista na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Joana Angélica. O motorista, no entanto, reagiu. De acordo com testemunhas, nesse momento o outro assaltante fugiu, mas Carlos Alberto entrou na paróquia em busca de um refém.

— Em nenhum momento ele me ameaçou ou me maltratou. Eu só pedia a Deus pela minha vida e pela vida dele — contou o refém, que geralmente atua como ministro de eucaristia da missa das 19h na Paróquia Nossa Senhora da Paz.

Morador de Ipanema, José Conde, de 54 anos, estava na missa e contou que primeiramente o criminoso rendeu o padre José Ricardo.

— Ele entrou armado, no meio da missa. Chegou até a render o padre. Foi uma confusão muito grande — contou o morador, muito assustado.

FIEL TROCOU DE LUGAR COM PADRE REFÉM

Segundo o padre Jorjão, pároco da Nossa Senhora da Paz, ao ver o padre José Ricardo ser rendido, Eduardo do Amaral se ofereceu para trocar de lugar com ele.

— Todo mundo ficou apavorado. O assaltante foi caminhando na direção do padre com uma arma e pediu que não fizessem alarde. A missa foi suspensa, e todo mundo foi liberado. Dentro da igreja, só ficaram o refém, o assaltante e, depois, o negociador — contou Jorjão.

Policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, bombeiros e um helicóptero foram acionados. Um policial do Bope foi o responsável por negociar a rendição do bandido.

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