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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

PÉSSIMA NOTÍCIA: GOVERNO DO RN VAI ATRASAR SALÁRIOS

O governo do Rio Grande do Norte vai atrasar os salários de 6.600 servidores que recebem acima de R$ 3 mil líquidos. O número representa 8% do total de servidores da folha do Estado. Os outros 92% vão receber os rendimentos no dia 30 de setembro. Enquanto isso, os salários atrasados entrarão nas contas dos servidores no dia 10 de outubro.

As informações foram repassadas pelo secretário de Planejamento e Finanças, Francisco Obery Rodrigues, durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (26) no auditório da Governadoria. O atraso salarial está relacionado à queda de arrecadação do governo, segundo informou o secretário, que detalhou os gastos e a receita do Estado em setembro. O balanço financeiro mostra uma diferença de R$ 50.159.221 entre despesa e receita. Enquanto foram arrecadados R$ 586.670.102, o governo gastou R$ 636.829.323.

Os 92% dos servidores que receberão os salários no dia 30 ganham até R$ 3 mil e trabalham nas administrações direta e indireta. A folha do Estado tem 101.265 servidores ativos e inativos, que consomem um total de R$ 297.819.006.

Os servidores com salários previstos para o dia 30 trabalham nas áreas de saúde, educação, segurança, Defensoria Pública, Universidade Estadual do RN (UERN), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Junta Comercial do Estado (Jucern), Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipern) e Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema).

Perdas e aumentos

De acordo com os números do balanço, as piores quedas na arrecadação aconteceram no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e no Fundo de Participação Estadual (FPE). As duas maiores fontes de receita do Estado tiveram quedas de 9,5%.

De ICMS, o Estado estimava uma arrecadação de R$ 351.936.803, no entanto o resultado foi de R$ 339.205.524, uma perda de 9,5%. No FPE a queda foi parecida em termos percentuais. A receita estimada era de 191.259.168, porém o balanço aponta a realização de R$ 173.169.532, que representou uma perda de 9,5%

Quanto a despesa, o governo pagou R$ 31.335.040 a mais do que o previsto. O estimado era gastar R$ 605.494.283, entretanto a conta fechou em R$ 636.829.323, ou 5% a mais. O maior peso na balança das despesas aconteceu na folha líquida de pessoal do Poder Executivo e da Defensoria Pública, onde foram gastos R$ 59.550.145 acima do estimado.

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