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terça-feira, 27 de novembro de 2012

ELEIÇÃO ANULADA : SINDSAÚDE RN

A comissão eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) divulga hoje um edital com a nova data para a eleição do órgão. O pleito realizado nos dias 19 e 20 deste mês foi anulado devido a quantidade de votos válidos ser inferior à quantidade exigida no regimento. A nova eleição será realizada em janeiro. As duas chapas que disputam o comando do sindicato divergem sobre a forma como a primeira eleição foi conduzida. A chapa de oposição vai pedir ao Ministério Público auxílio para realização do novo pleito. Segundo Simone Dutra, candidata a coordenadora pela Chapa 2, a eleição foi anulada porque a Chapa 1, cuja candidata é atual coordenadora, Sônia Godeiro, não respeitou as regras da eleição. “Eles deram um golpe na categoria”, taxou.

A sindicalista alega que foi desrespeitado vários pontos. “Inclusive com relação a formação da comissão eleitoral. Só há membros da Chapa 1. Usaram a máquina do sindicato para tentar vencer a eleição. A atual direção é a mesma há 22 anos e não respeitaram a democracia”, contou. A eleição do Sindsaúde/RN foi conturbada. Durante dois dias, os 13 mil servidores associados votaram, em todo Estado, nas 17 urnas eletrônicas fixas e 44 urnas de lona. Para a eleição ser validada, segundo o Sindsaúde/RN, seriam necessários 6.506 votos de pessoas que constassem na lista de votação, ou seja, 50% mais um. No entanto, apenas 4.400 votos foram na lista, outros 2.240 foram em separado. “Um pedido formal de anulação foi apresentado antes da contagem dos votos. Fizeram um filtro dos votos e foram anulados 953 votos”, explicou Sônia Godeiro.

EXPLICAÇÕES

A atual coordenadora nega qualquer irregularidade no pleito. “Tudo foi feito com respaldo da comissão eleitoral. Inclusive havia representante da Chapa 2 na comissão. Não há golpe”, justificou. Ela contou ainda que a eleição foi conturbada porque a Chapa 2 recebeu apoio de um partido político. “Nos dias da eleição, chegaram vários ônibus de outras cidades com partidários do PSTU, que apoiava a chapa. Fizeram pressão e atrapalharam a eleição”, contou.

Para a nova eleição, segundo Godeiro, o quórum exigido é menor. “Agora, o exigido é 40% mais um”, disse. A eleição foi suspensa por causa de outros motivos, entre eles, está o atraso no fornecimento da lista de votantes para as duas chapas, a lista de sócios desatualizada e trocas de listas entre urnas. Simone Dutra disse que vai convocar o Ministério Público para atuar no próximo pleito. “Precisamos do apoio dos promotores para intervir nessa eleição. É um absurdo o que fizeram. Precisa transparência e a democracia precisa ser preservada”, contou.

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