Os professores da Universidade Rural do Semiárido (UFERSA), do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Norte (IFRN), campus Mossoró, e de outras instituições federais não
aceitaram a proposta do Governo Federal e decidiram pela continuidade da
greve.
A Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA) reuniu os docentes da
Ufersa ontem à tarde para avaliar a proposta e discutir encaminhamentos
que serão enviados ao comando nacional de greve. “O governo não
apresentou nenhuma proposta diferenciada, simplesmente reafirmou o que
tinham oferecido antes e que já havia sido rejeitada pelas instituições.
O que foi oferecido não cobre nem a perda da inflação. A insatisfação é
generalizada. A orientação nacional é de continuar em greve”, explicou
Joaquim Pinheiro, membro do comando local de greve.
Diante do posicionamento negativo por parte do governo, a intenção
agora da categoria é de radicalizar o movimento. “Vamos discutir agenda e
a ideia é intensificar junto com os professores do IFRN, com os
técnicos administrativos da própria Ufersa e os servidores de outras
instituições que estão em greve”, acrescentou o professor.
Os educadores do IFRN ainda vão aguardar uma assembleia que será
realizada pela Sinasefe, em Brasília, nos próximos dias 7 e 8. Dois
representantes daqui vão participar das atividades na capital federal.
“Por enquanto continuamos em greve”, adiantou Fábio Procópio,
coordenador do Sinasefe na cidade.
Na última reunião com representantes dos ministérios do Planejamento e
da Educação e integrantes de associações que participam do movimento
grevista o governo anunciou que não vai alterar a proposta apresentada
na semana passada, que prevê reajustes de 25% a 40% e diminuição do
número de níveis de carreira de 17 para 13, e disse ainda que enviará ao
Congresso Nacional a proposta de reajuste salarial e de reestruturação
do plano de carreira.
Das quatro entidades que representam os docentes federais, três se
recusaram a firmar acordo e anunciaram que seguem em greve, sendo elas: o
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(ANDES-SN), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação
Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e a Confederação Nacional
dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF). Apenas a
Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de
Ensino Superior (PROIFES) aceitou a proposta.
“Todas as assembleias votaram pela rejeição da proposta. No entanto, o
governo opta por assinar acordo com uma entidade que é sua parceira, e
que não tem representatividade junto à categoria. Nós vamos continuar
firmes na greve e são as assembleias de base que determinarão os rumos
do movimento”, afirmou Marinalva Oliveira, presidente do Andes-SN.
Barriguda News
Gazeta do Oeste
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