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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SERVIDORES da Ufersa e IFRN não ficaram satisfeitos com última reunião com Governo Federal

Os professores da Universidade Rural do Semiárido (UFERSA), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Mossoró, e de outras instituições federais não aceitaram a proposta do Governo Federal e decidiram pela continuidade da greve.

A Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA) reuniu os docentes da Ufersa ontem à tarde para avaliar a proposta e discutir encaminhamentos que serão enviados ao comando nacional de greve. “O governo não apresentou nenhuma proposta diferenciada, simplesmente reafirmou o que tinham oferecido antes e que já havia sido rejeitada pelas instituições. O que foi oferecido não cobre nem a perda da inflação. A insatisfação é generalizada. A orientação nacional é de continuar em greve”, explicou Joaquim Pinheiro, membro do comando local de greve.

Diante do posicionamento negativo por parte do governo, a intenção agora da categoria é de radicalizar o movimento. “Vamos discutir agenda e a ideia é intensificar junto com os professores do IFRN, com os técnicos administrativos da própria Ufersa e os servidores de outras instituições que estão em greve”, acrescentou o professor.

Os educadores do IFRN ainda vão aguardar uma assembleia que será realizada pela Sinasefe, em Brasília, nos próximos dias 7 e 8. Dois representantes daqui vão participar das atividades na capital federal. “Por enquanto continuamos em greve”, adiantou Fábio Procópio, coordenador do Sinasefe na cidade.

Na última reunião com representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação e integrantes de associações que participam do movimento grevista o governo anunciou que não vai alterar a proposta apresentada na semana passada, que prevê reajustes de 25% a 40% e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13, e disse ainda que enviará ao Congresso Nacional a proposta de reajuste salarial e de reestruturação do plano de carreira.

Das quatro entidades que representam os docentes federais, três se recusaram a firmar acordo e anunciaram que seguem em greve, sendo elas: o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF). Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES) aceitou a proposta.

“Todas as assembleias votaram pela rejeição da proposta. No entanto, o governo opta por assinar acordo com uma entidade que é sua parceira, e que não tem representatividade junto à categoria. Nós vamos continuar firmes na greve e são as assembleias de base que determinarão os rumos do movimento”, afirmou Marinalva Oliveira, presidente do Andes-SN.

Barriguda News
Gazeta do Oeste

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