sábado, 27 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO NO RIO: Manifestantes protestam em meio a peregrinos em Copacabana

Cerca de 300 pessoas participam de um protesto na noite desta sexta-feira em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, contra o governador Sérgio Cabral e os gastos públicos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em meio à encenação da Via Crucis, os manifestantes provocaram corre-corre de peregrinos que deixavam o evento após a fala do papa Francisco, com medo de possíveis confrontos.
Os manifestantes se concentraram à tarde ao lado da estação de metrô Cardeal Arcoverde, em Copacabana, um dos principais pontos de chegada dos peregrinos que chegavam para participar da reprodução da Via Crucis. O policiamento foi bastante reforçado no local, mas o clima, até as 18h, era tranquilo.


Voluntários da JMJ fizeram uma espécie de cordão de isolamento para separar os manifestantes dos fiéis que não paravam de chegar a Copacabana. Gritos de ordem contra políticos se misturam a cânticos de peregrinos que passam pelo local. Os que protestam carregam cartazes também contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). "Ê ê ê, Cabral vai pro inferno, Satanás não vai querer", cantam os manifestantes.

O comandante do 19º BPM (Copacabana), Claudio Costa, disse que a os policiais militares vão acompanhar de dentro da manifestação, fazendo revistas de suspeitos. Ele não informou o efetivo empregado, mas a impressão é que há mais policiais do que manifestantes. "As pessoas têm o direito de se manifestar. Isso já aconteceu em outras jornadas. Vamos acompanhar", afirmou o policial.

Ele informou ainda que não há nenhum ponto de bloqueio específico. Segundo ele, a grande concentração de pessoas na orla, por si só, já impede que o protesto prossiga.


O peregrino Gustavo Chagas, que saiu de Goiás, argumentava com um dos manifestantes a favor da Jornada. Segundo ele, a informação de que foi empregado muito dinheiro público no evento é falsa. "Acho que esse protesto é fora de hora. Não concordo quando vejo cartazes que ofendem a Igreja", comentou.

O protesto saiu da Cardeal Arcoverde, e seguiu pela rua Barata Ribeiro, via paralela à orla, a cerca de duas quatras da praia. Durante a marcha no sentido Leme, alguns comerciantes fechara as portas com receio de atos de vandalismo.


O momento mais tenso ocorreu por volta das 19h30, quando o protesto chegou à avenida Princesa Isabel, onde uma massa de peregrinos deixava a praia. Temerosos com o protesto, alguns peregrinos saíram em corrida para fugir de enentuais tumultos. Muitos, assustados, aguardam o desenrolar da manifestação para deixar a praia de Copacabana.


Uma hora depois, o protesto seguia na orla, a poucos metros de onde acontecia o show da JMJ. Houve muita confusão e empurra-empurra, depois que alguns voluntários colocaram grades à frente dos manifestantes, que forçaram a passagem. Às 21h, o protesto tomava a areia da praia.


Pelo menos uma pessoa foi detida pela Polícia Militar. Foi o químico Felipe Braz. Quando foi dominado pela PM, ele levou um choque com taser, no braço direito. Segundo o químico, ele foi solto em seguida, depois de gravar um depoimento em que garantia não ter sido agredido pela polícia.


Logo depois, o protesto chegou bem na frente do palco, e o show foi encerrado rapidamente. Manifestantes cantavam vitória, alegando que conseguiram antecipar o fim do espetáculo. A organização nao se pronunciou ainda.

Via Portal Terra

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